Vela Adaptada
É através do lema de que velejar é para todos que este projeto se guia. A Confederação Brasileira de Vela Adaptada criou núcleos em Brasília, Porto Alegre, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro, buscando fomentar o esporte no Brasil. Desde 2009, o núcleo de Brasília começou a inserir pessoas com deficiência em passeios, como forma de inclusão social e esportiva. Foi assim que, em 2012, o projeto chamou a atenção da Embaixada da Austrália que, com seu fundo para assistência em trabalhos sociais, trouxe 8 barcos para o Lago Paranoá.

A capital vista do Lago Paranoá é o cenário que os praticantes da Vela Adaptada podem apreciar durante as aulas
Os veleiros adaptados foram criados por um australiano que é casado com uma cadeirante e, com base nas necessidades da esposa, fez um barco completamente acessível para qualquer tipo de deficiência e fácil de manejar. É um barco de baixo custo usado em diversos países, como Itália, França, Austrália e Inglaterra. Na América Latina, a escola de Brasília é a única que utiliza esse modelo de barcos. O sucesso foi tanto que a Embaixada da Austrália já trouxe mais veleiros e atualmente a escola conta com 18 barcos para as aulas, que reúnem pessoas de todas as idades gratuitamente no Cota Mil Iate Clube.

Os barcos da Classe Hansa 2.3 e 303 colorem o lago e também ajudam os professores: através das cores fica mais fácil saber qual atleta está velejando em qual barco, o que facilita as orientações, coordenação e supervisão das aulas
Um dos maiores focos do projeto é o resgate da auto-estima, principalmente por pessoas que nasceram sem complicações e, devido a algum trauma, passaram a viver com alguma deficiência. A ideia é tirar a pessoa do quadro depressivo, que muitos enfrentam após precisar se adaptar à nova realidade, e mostrar que a vida não acabou.

As aulas reúnem crianças e adultos de todas as idades e são uma atividade de diversão garantida, com um clima de muita cooperação e amizade
Atualmente o centro conta com aproximadamente 30 alunos regulares, que frequentam as aulas toda semana. O grupo, formado por alunos, professores e voluntários, se identifica como uma grande família. “ Hoje aqui no núcleo de vela nós fizemos uma família, inclusive frequentemente promovemos churrascos e confraternizações”, diz o coordenador técnico do Núcleo de Brasília de Vela Adaptada, Bruno Pohl.

Os voluntários são parte essencial do projeto: eles ajudam a montar, desmontar e mexer os barcos, além de auxiliar as pessoas com deficiência a ficar à bordo dos veleiros e levá-los para água
O projeto da Confederação Brasileira de Vela Adaptada conta com diversas parcerias, como a da Embaixada da Austrália, do CETEFE, do BRB e do clube Cota Mil, que dispõe de estrutura e pessoal para manejo dos barcos. Além de frequentemente receber alunos e pacientes de instituições para fazer aulas experimentais ou conhecerem o esporte, como uma forma de inclusão social e esportiva.

O nome dos barcos homenageiam as pessoas que ajudaram a tornar o projeto possível. O Professor Ulisses de Araújo, por exemplo, é o coordernador do CETEFE e também fez parte dessa história
As aulas são gratuítas e as inscrições abertas. Para mais informações, entre em contato com o coordenador do núcleo de vela adaptada de Brasília, Bruno Pohl, pelo e-mail: pohl.bruno@gmail.com.